quinta-feira, 29 de junho de 2023

As Marcas da Catapora.

Vocês sabiam que é possível ter catapora uma segunda vez???

Eu tive catapora aos dez anos e sofri muito com as marcas roxas nas minhas pernas, por muito tempo na adolescência, eu usava calça comprida para esconder as cicatrizes, tudo por conta de um aluno de série mais avançada.

Eu estudava no Djalma da Cunha Batista, 5ª série, em 1987. Saí da sala no intervalo, naquela época, para lanchar era preciso ter dinheiro. Ao lado da lanchonete ficava a sala dos professores de Educação Física e na frente o bebedouro. Eu usava saia colegial e estava ao lado de um colega da minha turma. Um garoto branco, alto, magro e loiro ao olhar para minhas pernas, apontou para elas como quem segurava uma metralhadora e começou a cantar "Metralhar, metralhar, metralhar...".

Era uma quadra enorme, horário de intervalo para os alunos do 1º e 2º grau. A gargalhada foi geral e eu, com um riso amarelo no rosto, assim que surgiu a aportunidade, saí a francesa e fui direto para a sala de aula.

A biblioteca, que desde a primeira semana de aula era o meu lugar preferido, passou a ser o meu refúgio e como tínhamos liberdade para leitura, eu lia de tudo.

Eu nunca gostei de me expor ao sol, nunca tive paciência para ficar me bronzeando, mas descobri que o descolorante ajudava a clarear as manchas escuras da pele. Infelizmente, o mesmo não ocorre com a dermatite ocre, mas já aprendemos a superar muita coisa nessa vida.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

De Braços Abertos

Você já parou para se olhar no espelho, já olhou no fundo dos seus olhos???

A vida é frenética, todos os dias o mesmo corre corre. Muitas vezes, deixamos até de alimentar o corpo. Porém, não é apenas o corpo que precisa de alimento. A alma também precisa ser alimentada, com palavras positivas, com gestos de carinho, com abraços longos e calorosos. Nem sempre estamos abertos para receber, muito menos para dar um pouco de nós. Colhemos o que plantamos, então, plante boa semente para colher bons frutos. E até os teus pensamentos sejam bons, pois há muito mais neste universo, do que possam ver nossos olhos humanos. Tenha sempre força, fé e coragem, e que o Senhor Jesus Cristo te abençoe!!!

segunda-feira, 27 de março de 2017

Almofadas...

Amor, bendito amor...

Bendito o dia em que
os meus olhos encontraram os teus.
Bendito o dia em que
o teu sorriso penetrou em minha alma.
Bendito o dia em que
o meu coração desejou te amar.

Bendito és em meu coração
que é tolo em demasia.
Bendito és entre os homens
que caminham sobre a terra.

Bendito o dia em que
aceitei o conforto em tuas mãos.
Almofadas generosas que
afagam meu coração.

Ana Paula Carvalho

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Soneto

SONETO DO SONHADOR

Sabe aqueles sonhos
Que um dia você sonhou?
Eles já não são possíveis
Pois o tempo já passou.

Tudo nessa vida passa
Só não paramos para ver.
E quando nos damos conta
O tempo nos fez perder.

Há sonhos que são impossíveis
Com os quais não se pode sonhar
Só apenas aceitar.

Há sonhos que são necessários
Por uma simples questão
É preciso sobreviver!

Ana Paula Carvalho

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Sonhar é preciso, mesmo que tenha que mudar.

"O coração tem razões que a própria razão desconhece." Blaise Pascal - E então, você se vê apaixonada, e a paixão te abre um leque de sonhos e desejos, mas a vida não é bem como você queria que ela fosse, você já não é mais uma menina, já não tem mais saúde, já não há mais lugar para os sonhos e... Eu tenho repensado a minha situação e hoje, eu vejo que não tenho condições de ter um relacionamento com ninguém, pois o meu estado de saúde só tem se agravado e as limitações físicas têm aumentado. Eu sonhava em casar, ser mãe de uma menina, mas estes sonhos já não são mais possíveis. Vou tentar retomar o meu trabalho de atriz, pois amo atuar. Livros para ler não me faltam e pensar em cursar uma pós-graduação para assim, encontrar um caminho para o mestrado.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Há motivos para seguir em frente!!!

Não sei o motivo, mas hoje estou com muitas dores. Meu filho vive dizendo que a cura está na minha mente, ele acha estranho eu ter ficado assim aos 24 anos, antes eu achava que era hereditária, mas descobri que Artrite não é uma doença hereditária. Tudo que sei é que quase morri afogada em um acampamento, fui salva por um milagre, depois disso, porém, começaram os primeiros sintomas, até que fiquei seis meses em uma cadeira de rodas. No meu lugar, muitas pessoas pediriam para morrer, mas eu só queria viver. Voltar a andar com uma muleta foi difícil. Não poder mais usar salto alto, não poder mais correr, muitas vezes ter que ficar fora de certas atividades por não poder acompanhar os outros, não poder ter uma vida normal como as outras pessoas por você ser "diferente". Com o tempo você cria seus mecanismos de defesa para poder continuar vivendo em sociedade. Às vezes penso que estou deprimida pelo simples fato de não querer sair de casa. O amor dos meus alunos e o meu amor pelo meu trabalho me fortalecem. Uma coisa sei, Deus me ama e tem planos extraordinário para minha vida.

sábado, 4 de abril de 2015

Memórias

Minha mãe é costureira, depois de ficar viúva, sem estudos, sem uma profissão, sem casa própria, foi atuando como costureira que ela criou seus cinco filhos. Ela retomou seus estudos e, mesmo sem ter tempo entre o trabalho e a escola, ela madrugava costurando, para dar um mínimo do que tínhamos. Vivi minha infância e adolescência acompanhando a mudança da moda sem fazer uso dela. Sempre usei roupas usadas, pois minha mãe não tinha tempo para costurar para nós, nem dinheiro para comprar roupas novas. Calçado então, usávamos sapatilhas compradas na feira, quando rasgava eu pegava linha e agulha para remendar. Como ia caminhando para a escola que era bem longe, as sapatilhas e os remendos não aguentavam. O jeito era ir de havaianas e, naquela época, ir de havaianas para a escola era motivo de críticas. Até hoje, ainda fico impressionada com as críticas desinformadas. Nunca chegaram comigo para perguntar: por que você vai para a escola com saia jeans e havaianas??? Hoje, com artrite reumatóide, "VAIDADE" é algo que passa bem longe!!! Com as articulações deformadas, já não há como usar certos calçados, dignos dos pés de uma princesa. Eu amava usar salto alto, eu não andava, eu simplesmente desfilava nas ruas, nos ônibus. E eu simplesmente gostava muito de correr na sarjeta de salto alto, era um desafio prazeroso. Hoje, eu brinco comigo mesma quando noto o olhar bizarro das pessoas olhando para os meus pés. De que nos vale toda essa vaidade se na vida tudo passa. Tudo nessa vida pode acontecer, uma doença, um acidente, você não pede, simplesmente coisas acontecem, mas você precisa estar emocionante e espiritualmente preparada para as mudanças inesperadas que possam ocorrer em sua vida. A minha maior felicidade é saber o quão amada eu sou por Deus!!!

"Enganosa é a graça, e vã é a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada." Provérbios 31.30